Seguindo o pensamento que “viajar é conhecer”, optei por me hospedar na casa de uma menina que é membro do Couchsurfing (http://couchsurfing.org) e visitar lugares que eu não conhecia. A menina mora no Santa Rita, um bairro de classe média na periferia da cidade e eu vivia no Jardim São Luiz, na região nobre, próxima ao centro, quando morei lá. Eu costumava frequentar bares na chamada “avenida sanitária” (avenida Deputado Esteves Rodrigues) como Papaula Pizzaria, Uai Tchê (um bar cujos donos são gaúchos), e um bar em frente à Unimontes após as aulas, eventualmente. E restaurantes no centro como o Bombocado e o Mister Gula. Desta vez saí do meu roteiro convencional, almocei no restaurante do Bretas (supermercados), visitei o Point do Açaí e a Casa da Esfiha. Também passei cerca de seis horas em Barreiras, uma região nos arredores da cidade com várias fazendas cercadas de montanhas. Em Barreiras vale conhecer os pontos da serra onde há desenhos rupestres, mas desta vez não fui até estes locais. Me dediquei a fotografar as belezas da primavera no cerrado e a conversar com moradores locais, que são pessoas simples, curiosas, muito receptivas e agradáveis.
Essas experiências eu compartilhei, em parte, com amigos através do Orkut e Facebook. Alguns de meus comentários motivaram amigos que vivem na cidade a conhecer alguns dos locais que visitei.
Montes Claros não tem um perfil turístico, mas, nesta viagem, a cidade pareceu muito interessante. O olhar curioso da viajante não só tornou a viagem mais interessante e divertida como também percebeu possibilidades a serem exploradas pelos empresários e fazendeiros locais.
Nesta viagem também percebi que mesmo locais aparentemente sem atrativos podem ser muito interessantes quando a pessoa está disposta a descobrir e buscar pelo novo.
Vanessa Versiani
Personal stylist e viajante
vanessaversiani@yahoo.com.br
